segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Jacó: A luta e a firmeza

Com Abraão e Isaac respirava-se uma atmosfera de alto nível espiritual. Aparece, agora, um terceiro personagem na saga do povo hebreu: Jacó. Com ele surge em primeiro plano o elemento humano, talvez demasiado humano, podendo o leitor incauto perder de vista a intervenção de Deus no desenrolar dos fatos.

Mas a ação de Deus se mostra presente, de maneira mais escondida, algumas vezes parecendo inexplicável, como na benção pedida por Jacó a seu pai (cf. Gn 27, 18-40). 

Deus sabe o melhor momento para se apresentar para o homem e comunicar-se com ele. Ou então, para aguardar que se ligue nos seus caminhos. Respeita a índole do ser humano, a sua formação, a educação recebida, os costumes, o meio ambiente, a “astúcia” dos beduínos, esperando, silenciosamente, o homem desenvolver a sua vida interior.

Deus ocupou-se de Abraão! Jacó, apesar do lado humano inquieto e esperto, sabe que é o guardião da promessa de Deus. Contudo, ele tem de lutar consigo mesmo, em um forte combate interior, para poder firmar-se no Senhor (cf. Gn 32, 23-33). 

Ao contrário do que aconteceu com Abraão, é Jacó que se ocupa de Deus e o Senhor o acolhe, conferindo-lhe um novo nome que será o de todo o povo hebreu: “Israel” [cf. Sl. 68 (67), 35-36]. Na Nova Aliança, denominou a sua Igreja de “Novo Israel” (cf. He. 8, 6-10). Deus, com a história de Jacó, nos mostra o respeito ao homem, à sua formação, aos seus costumes, ao seu meio ambiente. 
É uma alegria para nós sabermos que temos um Deus que sabe o momento de intervir e o momento de aguardar... Nós, Equipistas, procuremos realizar também a “luta diária” na busca da “firmeza” no Senhor:

“Debaixo do céu há tempo para tudo e tempo certo para cada coisa”
(Ecl 3, 1)

João Bosco e Fátima
Eq. 5A - Jundiaí/SP

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