terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um pouco mais sobre nosso fundador

Henri Caffarel – A vida em três períodos


Henri Caffarel nasceu em 30 de julho de 1903, em Lyon. Foi batizado em 2 de agosto de 1903 e ordenado padre em 19 de abril de 1930, em Paris. Morreu em 18 de setembro de 1996 em Troussures, na diocese de Beauvais, onde está enterrado. 

“Vem e siga-me!” Esta palavra do Senhor está inscrita em sua tumba porque em março de 1923, se produziu um acontecimento que iria orientar toda sua vida: “Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular. Neste longínquo dia de março, eu soube que era amado e que amava, e que a partir daquele momento entre ele e eu seria para toda a vida. Tudo está lançado.” 


O jovem Henri Caffarel encontrou “Alguém”. Assim tudo que ele vai criar e organizar se fará pouco a pouco, como o Senhor o mostrará. O Cardeal Jean-Marie Lustiger fala do Padre Henri Caffarel como “de um profeta do século XX”. Ele tinha assim consciência de fazer “de novo pela Igreja”.


Henri Caffarel é tocado pelo amor do Senhor. O ministério do Padre Henri Caffarel será ao serviço do amor, “ser amado, amar”. O amor do Senhor é para ele fonte de dinamismo e de vida. Ele entra imediatamente em harmonia com os casais desejosos de desabrochar seu amor à luz do Senhor...
Qualquer que seja a obra a empreender, o Padre Caffarel tem um só objetivo: colocar cada diante do Senhor, a origem de toda vocação. 

Henri Caffarel conclui: “Tudo está lançado.”. Eis aí uma conclusão bem a sua maneira... “Não há nada a discutir, nós obedecemos, nós trabalhamos, não ficamos presunçosos com os serviços realizados, e, quando termina, nós partimos…” 

É o rigor, exigência, precisão no detalhes, vontade de ir até o objetivo, olhar concreto sobre os acontecimentos e os outros, capacidade de se despojar de tudo aquilo que não está no sentido daquilo que ele “vê”...

I. As criações (1939-1949)

Henri Caffarel responde ao apelo dos casais desejosos de viverem o sacramento do matrimônio. “A exigência de santidade vos concerne. Para respondê-la, vocês tem um sacramento para vós, aquele do matrimônio.”

O número de Equipes de Casais aumenta. Uma orientação espiritual é dada, e torna-se cada vez mais clara na medida em que avança a descoberta da graça do matrimônio.

As publicações, “Carta aos jovens casais” (1942), “A Aliança de ouro” (1945), marcaram profundamente numerosos casais e suas repercussões ultrapassam de muito as Equipes. O Padre Caffarel desejava ser compreendido por todos para que a graça do amor de Deus pudesse estar ativa em todos. Ele queria que todos compreendessem a grandeza do matrimônio. A questão é sempre atual.

Um momento decisivo na ação do Padre Caffarel foi a redação em colocação em prática, em 1947, da “Carta das Equipes de Nossa Senhora”. Os meios dados pela Carta são exigentes. “Os pontos concretos de esforço”, notadamente “o dever de sentar-se”, são características da vida cotidiana dos casais. “Tendo apreendido o espírito das Equipes, não terão dificuldade em consentir com sua disciplina”, diz o Padre Caffarel. Viver o Evangelho na vida do casal, tal é “o caminho da Santidade”.

Neste mesmo período, duas novas criações vêm à luz: o Movimento de Viúvas “Esperança e Vida” e a “Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição”, instituto secular de viúvas. Como sempre, não existe “a idéia” de suas fundações: vinham vê-lo, lhe expunham seu desejo de uma vida santa; então ele discernia, encorajava-os, acompanhava-os.

II. Os tempos de amadurecimento (1950-1973)

As Equipes de Nossa Senhora desenvolvem. Uma organização é colocada em prática. Os grandes encontros acontecem: Lourdes em 1954, Roma 1959, Lourdes em 1965... É a ocasião de aprofundamento da graça do matrimônio e de sua grandeza.  O Padre Caffarel insiste também sobre o enriquecimento mútuo dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio: dois sacramentos “complementares” para responder à vocação do amor.

As Equipes conhecem os grandes debates: São elas um movimento de iniciação ou de perfeição? O equilíbrio entre estes dois aspectos é encontrado.

As provações sobre vêem onde está em jogo a unidade do Movimento e a liberdade dos leigos, sua originalidade e sua personalidade. Neste domínio, o Padre Caffarel se mostra sempre em harmonia com a Igreja, às vezes de uma maneira exemplar e corajosa. Ele envia todos os equipistas para suas paróquias, suas dioceses, seu apostolado em suas profissões e no mundo.
Aos 70 anos, ele deixa por sua livre e espontânea vontade seu serviço às Equipes após se assegurar de sua sucessão.

III. O aprofundamento (1973-1996)

A fecundidade do Padre Caffarel está inscrita nos corações, na relação única de cada um com Deus. Inumeráveis são aqueles que encontraram o Senhor na Casa de Orações de Troussures. Seu imenso desejo era de partilhar a revelação que ele havia tido na idade de vinte anos. Seus últimos anos em Troussures mostram a fonte de onde jorravam todas coisas nele.



Fonte: http://www.henri-caffarel.org/pages_pt/homme.html


Um comentário: