
Colhemos o depoimento de dois casais, que nos falaram um pouco sobre assunto. Confiram:

Trabalho em home-office, confinamento em casa, aulas das crianças on-line, máscaras, preocupação com nossas mães, com a saúde e distanciamento dos nossos irmãos de Movimento. Tudo chegou como uma verdadeira avalanche.
A partir daí, veio a fase de nos adaptarmos. Primeiro com novo modo de vida, depois com as novas tecnologias para a realização de reuniões, conversas, todas por meio de vídeoconferências. Confesso que achávamos que não ia dar certo. Que casais iriam se atrapalhar, que não conseguiríamos ter espiritualidade em uma tela, etc.
Mas Deus é tão maravilhoso que deu tudo certo e ainda tem dado. O Espírito Santo tem visitado a todos, seguramente, ainda que seja desta forma. Claro que nossa convivência e partilha de amor com os irmãos é essencial mas, por ora, o mundo inteiro está convivendo com essa nova realidade.
Além das nossas reuniões de equipe, temos assistido também às lives do Movimento, às celebrações e tantas outras coisas que se alguém nos contasse lá atrás, acharíamos que seria surreal ver pelas telas.
Aqui em nossa casa, também, muita coisa mudou. E para melhor. Montamos um altar na sala que fica pronto para nossas missas televisivas. E aqui se fez a nossa Igreja Doméstica.
Temos rezado muito mais. Escutamos mais os nossos filhos.
Conversamos, contamos histórias bobas na hora da refeição e fazemos mais coisas, os quatro juntos. Pintamos quartos, colocamos prateleiras nas paredes, quadros e outras atividades que, se não fosse a pandemia, não teriam acontecido.
As discussões e pequenas brigas, tão corriqueiras nas famílias - entre irmãos e entre nós, casal, cessaram. São quase 80 dias trancados em casa sem uma única discussão. Nos últimos ‘Dever de Sentar-se’ sentimos realmente Deus presente em nosso lar. Muito mais perto. O que queremos dizer com tudo isso? Que foi preciso parar para ver as graças. Foi preciso parar tudo para ouvir mais Deus. Foi preciso parar para agradecer mais e olhar nos olhos do cônjuge e dos filhos. Nada é ao acaso.
Pedimos a Deus, então, sabedoria e discernimento para lidar com essa situação e o que vem depois dela.
Que Nossa Senhora abençoe cada casal, cada família e que interceda para que seu Filho esteja cada vez mais presente nos lares de todos os equipistas. Que segure em nossas mãos e que possamos ser sinal do amor de Deus para os irmãos mais necessitados. “O Poderoso fez em mim maravilhas e Santo é seu Nome”.
Eli e Hanaí
Equipe 5C
Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa última reunião de equipe, presencial, foi em fevereiro. Já em março, abril e maio tivemos Reuniões virtuais, através de meios eletrônicos, vendo e ouvindo nossos irmãos à distância.
Temos que nos manter em isolamento em atendimento às determinações legais (pelos poderes civis e autoridades religiosas, como o querido Papa Francisco e nosso bispo) e também nos precavendo, visto que em nossa equipe os casais, incluindo o SCE, nós estamos na faixa etária de 55 a 63 anos, com exceção de um casal entre 38 e 42 anos, os mais jovens em idade, mas com certeza tem sido um dos mais ativos no Movimento.
Estas mudanças não aconteceram só nas comunicações, mas também nos corações e nas atitudes de solidariedade. Aconteceram mudanças no Movimento, nas equipes e nos equipistas. Claro, houve complicações, especialmente na economia, como equipistas desempregados ou subempregados, pequenos empresários quase ou totalmente paralisados, situações para as quais devemos olhar e agir com compaixão.
Mas também tivemos mudanças para melhor: mais orações em casal, terços semanais em equipe, terço quinzenal do grupo de Lourdes (casais remanescentes que estiveram naquele Encontro Internacional, desde 2006 fazíamos um terço mensal, depois relaxamos, fazíamos a cada 2 ou 3 meses, agora com disposição renovada). Parece-nos, inclusive, que há maior disponibilidade dos Conselheiros Espirituais.
As Reuniões Mensais estão melhor preparadas, há mais organização na ordem de falar, porque os que estão ouvindo precisam ficar com os microfones fechados.
Na troca de ideias do Tema vemos que todos estão estudando e preparando bem as respostas, todos enviam com antecedência para a Reunião Prévia (que é virtual, com a participação do SCE, CRE e CA), as orações são intensas, na Partilha fica evidente o crescimento na vivencia dos PCEs, na Coparticipação o testemunho geral é dos frutos e graças recebidos através de maior acompanhamento de missas, terços e celebrações pelas TVs católicas, etc. Só crescimento espiritual e conjugal.
Bônus também para o CRE, cujas funções estão facilitadas, todos colaboram, desde o SCE a todos os casais. Os Relatórios ficam prontos com agilidade, pois vamos escrevendo quase simultaneamente com as atividades da equipe. Os casais nos mandam por escrito todas as respostas e todo o conteúdo que cada um expõe nas reuniões.
Neste mês nós completamos 40 anos de casados, mas a nossa pretendida comemoração com festa, viagem, etc, foi trocada por orações e muitas palavras de carinho e abraços virtuais.
Numa bonita iniciativa, o nosso casal caçula preparou uma feijoada, que ofereceu para a nossa equipe e para a equipe do Setor que eles atuaram como CL. O pagamento foi em doação, que entregamos a eles ao retirar a feijoada, tudo convertido em ajuda a pessoas carentes. Temos visto outros gestos de solidariedade, como assistência a pessoas de rua, campanhas para amenizar o frio, com roupas de corpo, cobertores.
Vimos no capitulo 4 do Tema de Estudo que precisamos de nosso esforço e da graça de Deus na busca da santidade. Então, vamos à luta.
Que Nossa Senhora nos proteja, ilumine e abençoe.
Ficamos com uma dúvida, sobre o que mais sentimos falta nas reuniões: uns dizem que são os abraços, mas outros dizem que são as comidinhas gostosas...
Marilena e Wagner
Equipe 2D
Nossa Senhora Aparecida
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