segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

As falhas e a presença Divina

Depois dos maravilhosos fatos da libertação do Egito, eis que Deus estabeleceu uma Aliança com o povo de Israel: “Vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (cf. Ex 19, 3-6). E o Povo respondeu: “Faremos tudo o que Javé mandou” (cf. Ex 19, 7-8). E começaram os filhos de Israel o caminho para a peregrinação à Casa do Pai, pois aspiravam, a exemplo dos Patriarcas, “uma pátria melhor” (cf. Hb 11, 13-16). 
A sequencia lógica dessa história deveria ser uma e única: o povo, no decorrer dos tempos, faria tudo o que Javé tinha mandado, cumprindo a sua missão... Mas os fatos se passaram de maneira diversa! Israel se tornou um povo que, repetidamente, incorria em falhas: “os israelitas tornaram a fazer o que Javé reprova” (Jz 3, 12-13 e 13, 1-2).

Deus, todavia, estava presente e intervinha concretamente, fazendo surgirem homens do povo para a libertação das suas falhas (cf. Jz 2, 16-18). Eram pessoas simples, como Gedeão, que chegavam a duvidar de suas forças e da providência divina: “Meu Senhor, como posso salvar Israel? Meu clã é o mais fraco da tribo de Manassés!” (cf. Jz. 6, 14-16). Ou então, eram pessoas que muitas vezes seguiam os seus próprios ímpetos, como Sansão, falhando e traindo a confiança de Deus (cf. Jz. 16, 15-20). 

O Senhor, porém, acolhia a sinceridade de um povo, a sua aspiração e amor à liberdade, a sua sensibilidade para perceber que, apesar das falhas, ocorria sempre um fato maravilhoso: “a Presença de Deus”. 

Todos esses acontecimentos são claras lições para nós, Equipistas, na peregrinação pela História da Salvação. Deus também nos acolheu, guardou-nos na fé e na luta interior, ofereceu a sua amizade, a sua Aliança. Mas nós também falhamos, não correspondemos à misericórdia de Deus: erramos e tornamos a errar nesses caminhos! 

Apesar de nossas falhas, conservemos a sensibilidade dos nossos irmãos de outrora: a sinceridade de coração, as aspirações de amor, de liberdade, e a evidência de uma força maior que está no nosso meio: 
“Por favor, Senhor, lembra-te de nós. Dá-nos forças mais uma vez!”
(cf. Jz. 16, 28)

Fátima e Bosco
Eq. 5A - Jundiaí/SP

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