Quatro cardeais, um bispo de rito maronita de São Paulo e um casal de São José dos Campos são os brasileiros que vão participar da 3.ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo papa Francisco, que reunirá 253 representantes para refletir sobre "os desafios pastorais da família no contexto da evangelização", de hoje até o dia 19, no Vaticano.
Entre os temas propostos no Instrumento de Trabalho, preparado com base em um questionário enviado pelo Vaticano a todas as dioceses, destacam-se os casais divorciados em segundo casamento e a união homoafetiva.
Os cardeais brasileiros são d. Raymundo Damasceno Assis, d. Odilo Pedro Scherer, d. João Orani Tempesta e d. João Braz Aviz, da Cúria Romana. Além deles, o papa convocou o eparca da Eparquia Maronita de Nossa Senhora do Líbano, d. Edgard Amine Madi, e o casal responsável pelas equipes de Nossa Senhora no Brasil, o engenheiro químico Arturo e sua mulher, a dentista Hermelinda Zamberline.
Nenhuma decisão será tomada, segundo d. Damasceno, mas serão abertas discussões para o encontro de 2015. A partir das propostas dos bispos, Francisco dará suas orientações em uma exortação apostólica pós-sinodal. O papa presidirá as sessões da assembleia, sendo substituído em sua ausência pelos três presidentes delegados.
Arturo, Hermelinda e D. Damasceno |
Os participantes da assembleia se debruçarão sobre os itens do questionário respondido pelas Conferências Episcopais que compõem o Instrumento de Trabalho - ou Instrumentum Laboris, redigido em latim. Divido em quatro partes, o texto apresenta em 159 artigos um elenco dos problemas e desafios que a Igreja enfrenta na evangelização da família. Os bispos de cada continente descrevem a realidade de suas regiões e enumeram sugestões para a pastoral. Abusos sexuais, separação de casais, acesso de descasados aos sacramentos e a situação dos homossexuais na comunidade católica são alguns dos itens abordados nos questionários.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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