Talvez a mais emocionante das homilias do Papa Francisco no Rio tenha sido a da vigília de sábado à noite. Uma verdadeira obra-prima. A viagem evidenciou a harmonia e a continuidade dos três últimos Papas em relação à juventude. Bento XVI esteve muito presente na JMJ, recebeu o aplauso dos jovens e o Papa Francisco – na memorável conferência de imprensa ao regressar a Roma – disse aos jornalistas esta bonita frase: «Para mim é como ter em casa um avô sábio; se precisar, consulto-o». Os jovens compreenderam o amor do Papa por eles, que são o futuro da Igreja e do mundo. Os jovens sentiram-se amados por estes três Papas e corresponderam ao amor deles com o próprio, fosse ele qual fosse. Mas se o carisma de cada Papa os convence, ainda melhor. De facto, a JMJ concluiu-se com uma homenagem a João Paulo II, o criador das JMJ, quando o Papa actual escolheu Cracóvia – a cidade episcopal do Papa Wojtyła – como sede da próximo encontro de 2016.
Todos esperávamos esta primeira viagem internacional do Papa Francisco ao Rio de Janeiro para ter uma prova do que intuíamos e que felizmente a viagem nos confirmou. Francisco tem carisma entre os jovens. Fala-lhes com palavras sinceras, diretas. Fala aos seus corações e mentes para que dêem uma resposta a Cristo que nasça do coração. Fala-lhes pouco, para que a mensagem seja mais incisiva.
Graças ao carisma de Francisco, vivemos uma JMJ profundamente evangelizadora. O Papa ensinou-nos a sair, ir onde está o povo, a chegar até às periferias geográficas e existenciais. Ele sabe que uma destas periferias é o mundo da juventude.
O Rio de Janeiro confirmou a primavera que a Igreja está a viver com o Papa Francisco. A JMJ foi uma brisa e um clima eclesial de esperança que os jovens comunicaram ao Papa, à Igreja e ao mundo.
A juventude ofereceu-nos uma imagem jovem da Igreja. Esperamos que dela nasçam muitos frutos de vida cristã ao serviço da Igreja e do mundo.
Luís Martínez Sistach
Cardeal arcebispo de Barcelona
Fonte: News.va
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