quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os aspectos Históricos Bíblicos da Liturgia

A liturgia é a realidade mais viva e a expressiva da vida da Igreja. É na liturgia, que a Igreja exprime a sua identidade reconhecida, sua mesmidade renovada. Na liturgia, a Igreja faz a experiência de seu ser e do seu existir. A liturgia é a própria Igreja em sua mais densa relação simbólica com Deus e com a sua identidade. A liturgia é, e continuará a ser, o símbolo mais rico da vida cristã, a mais original forma de que nós crentes dispomos para falar de salvação que nos foi dada, a esperança que nos inunda.

Sendo a liturgia ao mesmo tempo "humana e divina" (SC nº 2), é importante, em relação à sua compreensão, estudá-la antes de tudo na palavra de Deus, norma de fé e de vida, e na tradição que esta palavra transmite integralmente. É importante também um estudo histórico das formas de celebração litúrgica, para compreender a sua estrutura e seu significado, e as eventuais degenerações ou enriquecimentos que passou no decorrer do tempo. Os textos bíblicos e eucológicos (conjunto das orações litúrgicas da Igreja ou o estudo que se faz deste conjunto de orações) usados pela liturgia são a manifestação mais característica da concepção que a Igreja tem a respeito da liturgia e do seu mistério. Estes textos exprime uma determinada visão teológica dos dons da salvação dos quais a Igreja é portadora, uma teologia litúrgica que é preciso fazer emergir. Tudo isto deve conduzir à experiência de fé e à vida vivida em coerência com os mistérios dos quais participamos. A liturgia é uma realidade para ser redescoberta, celebrada e vivida.

Diante do processo de mudança de época em que vivemos devemos considerar alguns pontos que são fundamentais para viver com inteireza o mistério de Cristo na liturgia. Por isso podemos nos perguntar: como estamos cuidando da saúde espiritual da nossa celebração? Qual é a liturgia que Deus prescreve? Para responder estas questões é preciso que o conceito de liturgia seja ampliado.

Analisemos a liturgia segundo o contexto bíblico que nos faz compreender o processo de transformação que a mesma passou ao longo da história.

Leitura do texto: Lc 10, 25-37 - Neste texto bíblico nos deparamos com a primeira LITURGIA realizada por Jesus de Nazaré.

Carlos Mesters (frade carmelita holandês, missionário no Brasil desde 1949, sacerdote desde 1957, doutor em Teologia Bíblica e um dos principais exegetas do método histórico-crítico no Brasil) diz que toda parábola deve estar numa moldura.

Esta parábola pode ser dividida em três partes:

1. Lc 10, 25-29 - A conversa com um doutor da Lei.
2. Lc 10, 30-35 - Quem é meu próximo. (O centro da parábola)
3. Lc 10, 36-37 - Vai e faz o mesmo.

O sacerdote representa o TEMPLO.

O levita no templo tem a função de catar os salmos.

Nesta parábola podemos perceber que o nosso próximo é aquele que precisa da nossa proximidade, ou seja, estender a mão ao caído ultrapassa todo e qualquer tipo de costumes e preceitos. Em outras palavras na Liturgia Deus, por meio de Jesus na força do Espírito Santo é a dedicação total e integral a comunidade.


Pe. Márcio Felipe de Souza Alves
SCE Setor A - Jundiaí

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