segunda-feira, 17 de abril de 2017

Páscoa: a alegria da Ressurreição!

Se fôssemos resumir em uma palavra a festa da Páscoa, com certeza a palavra seria alegria. Alegria imensa, que explode e contagia. Em todas as passagens da Escritura que falam da ressurreição de Jesus, duas ações acontecem: encher-se de alegria e sair para comunicar aos outros. Ou seja, diante da realidade da ressurreição, alegro-me ao ponto de não conseguir reter esta felicidade, mas tenho como obrigação comunicá-la aos meus irmãos, que são também irmãos do Ressuscitado.

Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, façamos festa no Senhor! O domingo de Páscoa é o dia mais alegre do ano, porque o Senhor da vida triunfa sobre a morte, sobre o pecado, sobre o mundo. E é tão intensa essa alegria, que perdura até a festa de Pentecostes. No tempo pascal, com efeito, a cada dia das sete semanas se vive a mesma alegria do domingo da ressurreição.

A ressurreição é a confirmação que o Pai dá de que Jesus é verdadeiramente seu Filho, e Ele ressuscitou como primícia, como conquista e certeza da nossa ressurreição. É também a confirmação de nossa fé. Diz São Paulo: Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé, e nós somos os mais dignos de pena (1Cor 15,17). Quem, de fato, pode crer e esperar em um morto? Mas Jesus está vivo! E nós somos os mais felizes, pois Aquele em quem depositamos nossa fé está vivo, ressuscitado e ressuscitante.

Um coração e um espírito novos são dons eminentemente pascais, que capacitam o fiel a cantar o Aleluia, a associar-se à alegria da Igreja para o anúncio do Ressuscitado, pois também o cristão ressuscitou para viver em Cristo para a glória de Deus(1). Portanto, essa alegria não é comunicada para nós apenas, mas deve ser proclamada, publicada, comunicada a cada homem e a cada mulher, a fim de que toda língua anuncie com alegria que Jesus ressuscitado é o Senhor (cf. Fl 2,9-11). E como comunicá-la? Através da palavra, sem dúvida, mas sobretudo através de nossa vida, da misericórdia encarnada em nossos gestos, da alegria que compartilhamos, da fidelidade incondicional ao Senhor, de nossos atos solícitos…

Toda a nossa vida presente deve transcorrer no louvor de Deus, porque louvar a Deus será também a alegria eterna de nossa vida futura. Ora, ninguém pode tornar-se apto para a vida futura se, desde já, não se prepara para ela. Agora louvamos a Deus, mas também rogamos a Ele. Nosso louvor está cheio de alegrias, e nossa oração de gemidos. Foi-nos prometido algo que ainda não possuímos; porém, por ser feliz quem o prometeu, alegramo-nos na esperança; mas, como ainda não estamos na posse da promessa, gememos de ansiedade. É bom perseverarmos no desejo, até que a promessa se realize; então acabará o gemido e permanecerá somente o louvor.

Assim podemos considerar duas fases da nossa existência: a primeira, que acontece agora em meio às tentações e dificuldades da vida presente; e a segunda, que virá depois, na segurança e alegria eterna. Por isso, foram instituídas para nós duas celebrações: a do tempo antes da Páscoa e a do tempo depois da Páscoa.

O tempo antes da Páscoa representa as tribulações que passamos nesta vida. O que celebramos agora, depois da Páscoa, significa a felicidade que alcançamos na vida futura. Portanto, antes da Páscoa celebramos o que estamos vivendo; depois da Páscoa celebramos o que ainda não possuímos. Eis por que passamos o primeiro tempo em jejuns e orações; no segundo, porém, que estamos celebrando, deixando os jejuns, nos dedicamos ao louvor de Deus. É este o significado do Aleluia que cantamos.

Cristo ressuscitou, aleluia!! Verdadeiramente ressuscitou!!

Cida e Moacir Aiello
Eq. 04 B - Jundiaí/SP

A Boa Nova


Nos últimos tempos, conforme assinala a História da Salvação, aparece em nossa história “o Mensageiro, aquele que anuncia a paz, que traz a boa notícia, que anuncia a Salvação” (Is 52, 7). E a própria pessoa do Mensageiro se torna o centro dessa Boa Nova: “O Evangelho é a Boa Notícia de Jesus, o Messias, o Filho de Deus” (Mc 1, 1).

Uma grande pergunta se faz agora, não mais para o povo de Israel, mas para os homens de nossos dias: O que significa hoje a Boa Nova, o Evangelho? Será uma simples história da vida de Jesus? Ou só um código de moral, um conjunto de doutrinas, como era para os fariseus e doutores da lei? Ou somente um rito a ser seguido? Ou uma simples leitura, muitas vezes proveniente da abertura, ao acaso, de suas páginas? Os Evangelistas e os Apóstolos estavam interessados somente nessas coisas? Infelizmente, para muitos, a Boa Nova significa tão só um desses aspectos. Nada mais...

Se procurarmos perceber, refletindo e vivendo o Evangelho, qual era o interesse dos Evangelistas e dos Apóstolos, a conclusão é totalmente diferente. Eles falam de Alguém que está vivo, de Jesus Ressuscitado, assinalando a sua presença amiga em nós: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1, 21).

A sua leitura, então, só tem sentido se mostrarmos a mesma convicção de amizade com o Cristo vivo, se procurarmos conhecê-Lo e saber o que Ele pede de nós. Só assim terão significado a doutrina, a moral, a história, a cerimônia, o culto: O Evangelho, a Boa Nova, deve ser uma realidade viva e pessoal. Cristo veio “promulgar o Ano de Graça de Javé” (cf. Is 61, 1-3).

Nós, Casais Equipistas, cuidemos para que todo esse tempo seja de descoberta de um sentido para nossas vidas. E, com certeza, Jesus nos dará o descanso para o peso de nossos fardos e aprenderemos com Ele, “que é manso e humilde de coração” (Mt 11, 28-29).

Ainda, não deixemos essa descoberta somente para nós. Anunciemos aos irmãos esse Evangelho, essa Boa Nova, essa Amizade com Cristo. E esse anúncio é uma necessidade que nos é colocada:

“Ai de nós se não anunciarmos o Evangelho” 
(1 Cor 9, 16-18)

Fátima e João Bosco
Eq. 05 A - Jundiaí/SP