quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ser Equipe é...

Fazendo um paralelo com o clima de Copa do Mundo, onde a febre das figurinhas é contagiante e também nos pegou de uma maneira saudável como forma de estabelecer novos contatos para troca, lembramos de uma outra febre que aconteceu na nossa mocidade, mais exatamente nos anos 80, que eram as figurinhas Amar é... 



Entre muitos dizeres que apareciam naquelas figurinhas - onde as personagens principais eram um casalzinho sem roupa - muitas falavam de verdades que nos ajudaram a formar nosso ser casal, muito antes de conhecermos as Equipes de Nossa Senhora.

Por isso, decidimos hoje manifestar o grande amor que sentimos por nossa equipe em forma de pequenas declarações de amor, como nas figurinhas que, com certeza, colecionamos quando éramos mais jovens.

SER EQUIPE É....

...Celebrar juntos as alegrias .

...Partilhar a vida na certeza da discrição e do sigilo.

...Rezar juntos para louvar, mas também para superar as adversidades da vida.

...Perdoar na mesma medida que esperamos ser perdoados.

...Aprender a dar.

...Aprender a receber

...Aprender a oferecer.

...Aprender a recusar.

...Ajudar uns aos outros na vivência da verdade, na procura de viver a vontade de Deus e aproximar no encontro e comunhão com Deus e com o próximo.

...Acolher, cuidar, curar as feridas, carregar no colo e celebrar a cura.

...Saber que podemos contar com a ajuda espiritual e material do irmãos, sem pré julgamentos sobre nossos defeitos e fragilidades.

...Colocar Deus acima de qualquer adversidade, Jesus como modelo de pessoa, o Espirito Santo como guia, inspiração e direcionamento e Maria como modelo de oração e de serviço.

Enfim, viemos hoje testemunhar sobre nossa equipe, não porque seja perfeita ou sirva como modelo, mas porque somos cientes de nossos pecados e limitações e mesmo assim procuramos viver integralmente o que nos pede o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, buscando a cada dia nos santificar uns aos outros.

Isabel e Luiz Accieri
Eq. 07 B - Jundiaí/SP

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Por que o sexo só no casamento?

“A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.” (1 Cor 7,4)

A Lei de Deus diz que a vida sexual é para o casamento; e se é a Lei de Deus, é bom e necessário para o nosso bem.

Deus é Pai e é amor; quer o nosso bem. São Paulo há dois mil anos já ensinava isso aos coríntios. O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo; ou que o corpo de um amigo pode ser usado por outro amigo; ou que duas amigas podem ter relacionamento sexual. Ele fala de marido e esposa; já que a vida sexual exige um compromisso de vida para sempre assumido diante de Deus e da comunidade. Por isso, o namoro e o noivado não são ainda a hora de viver a vida sexual. Ensina o nosso Catecismo que:

“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.” (§ 2350)

Não é fácil mesmo para os noivos esperarem o casamento para iniciar a vida sexual, mas esta é a lei de Deus, então é bom e belo, e vale a pena o casal cristão esperar. O Catecismo reconhece que é uma “provação”, mas esse exercício, além do mais, vai fortalecer o casal para as futuras provações conjugais.

O Papa João Paulo II, em suas catequeses sobre a “Teologia do corpo” mostrou que nossos corpos revelam que somos feitos para ser dom (entrega) para os outros, e para receber outros como dons. De forma belíssima, Ele mostrou o sentido esponsal do corpo.

A Igreja ensina que: “Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade.” (CIC § 2363). Por isso “o ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental” (CIC §2390).

“A união carnal não é moralmente legítima, a não ser quando se instaura uma comunidade de vida definitiva entre o homem e a mulher. O amor humano não tolera a “experiência”. Ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si.” (§ 2391)

As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: pode gerar famílias destruídas; mães e pais jovens solteiros; filhos muitas vezes abandonados e hoje muitas crianças “órfãs de pais vivos”. Muitos destes podem se tornar meninos frustrados, sofredores, muitas vezes buscando nas drogas, na bebida e no crime a compensação de suas carências. Ora, sabemos que é difícil educar um filho com pai e mãe ao seu lado. Sem um deles é muito mais difícil.

É verdade que hoje muitas jovens mães solteiras possuem dignidade e sabem educar seus filhos com muito amor e carinho, se desdobrando para educá-los, fazendo de tudo para suprir a falta do pai, mas não há como negar que isto é um imenso sacrifício para elas. A presença do pai da criança a seu lado daria a ela muito mais tranquilidade e conforto.

Quantos abortos são cometidos porque se busca apenas egoisticamente o prazer do sexo, se eliminando depois o fruto: a criança! E assim, a vida é descartada acintosamente. Isso não é justo! Os animais não fazem isso! As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com a sífilis, blenorragia, cancro… sem falar do flagelo moderno da AIDS. Na vida conjugal, marido e mulher não transmitem a AIDS um para o outro, a menos que tenham adulterado.

A moral católica ensina que aquilo que não está de acordo com a lei natural, não está de acordo com a lei de Deus, ou seja, é imoral.

A sociedade promove o sexo acintoso, especialmente através da televisão e da Internet, sem responsabilidade e sem compromisso. E depois se assusta com as milhares de meninas grávidas, estupros, separações, adultérios e famílias destruídas. É claro, pois “quem planta ventos, colhe tempestades”

Sabemos que grande número de mulheres que dão à luz na rede do SUS, grande parte delas são adolescentes que ainda deveriam estar brincando com bonecas; mas já são mães. Algum malvado, egoísta, usou seu corpo de menina, mas não abraçou sua alma. Usou-a como se usa uma laranja para se satisfazer, e não teve a honestidade de assumir seu gesto e o seu próprio filho. Penso que você nunca viu um animal rejeitar seu filho.

Nem a vaca, nem a galinha, e nem mesmo a cobra venenosa. Mas o ser humano é capaz de ficar apenas com o prazer do sexo fora do lugar e rejeitar o seu próprio filho. Este não merece o nome de homem. Aqui você pode, então, entender toda a importância e beleza da castidade. Ela preserva a vida, a saúde, o verdadeiro amor e a felicidade da pessoa e da sociedade. A moral exige ensinar aos jovens o autocontrole de suas paixões, vencer a AIDS pela castidade, e não pelo uso vergonhoso da “camisinha” que incentiva ainda mais a imoralidade, a fornicação e a promiscuidade. Conquistar esse domínio próprio é uma grande riqueza que dignifica a pessoa; e isso não se dá da noite para o dia, leva tempo, requer luta, persistência, paciência e maturidade.

Ensina o Catecismo que: “O domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida. O esforço necessário pode ser mais intenso em certas épocas, por exemplo, quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência.” (§2342)

O crescimento na castidade é marcado pela imperfeição e muitas vezes pelo pecado. É um trabalho diário onde a pessoa casta se constrói por meio de opções livres com luta e perseverança.

“A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara, ou o homem comanda as suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz (Eclo 1,22).” (§2339)

A dignidade da pessoa humana exige que ela saiba agir de acordo com uma opção consciente e livre e não por força de um instinto interno cego. O homem só é livre e digno quando, liberto de todo cativeiro das paixões, busca realizar um ideal na vida. Sem isso o homem se desvaloriza.

A luta contra a AIDS deveria ser uma ótima oportunidade para se ensinar os jovens a viver a beleza da castidade, mas infelizmente tem acontecido exatamente o contrário. Faz-se a banalização do sexo e a propaganda de seu uso fora do casamento. É a maneira doentia deste mundo enfrentar os problemas difíceis dando para eles soluções fáceis, rápidas e inócuas.

Prof. Felipe Aquino
Retirado do livro: “O Brilho da Castidade”

Matéria sugerida pelo casal Cida e Moacir (Eq. 4B)

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O casamento cristão deve ser fiel, perseverante e fecundo

Na homilia desta segunda-feira (02/06), o Santo Padre nos lembra que o amor conjugal deve imitar o amor de Jesus pela Igreja

Francisco falou das características de um autêntico matrimônio cristão durante a homilia desta manhã na Casa Santa Marta. "Fiel, perseverante e fecundo" são as características do amor que Jesus tem pela Igreja, sua Esposa: são também, portanto, as características do casamento cristão.
Quinze casais se encontravam hoje diante do altar, junto com o papa Francisco, para dar graças a Deus pela sua história. Quinze histórias matrimoniais, de família, que começaram há 25, 50 e 60 anos. Foi uma cena insólita na capela da Casa Santa Marta, que deu ao papa a oportunidade de refletir sobre os três pilares que, na visão da fé, devem sustentar o amor conjugal: a fidelidade, a perseverança e a fecundidade.

O modelo de referência, explicou o papa, são os "três amores de Jesus": pelo Pai, pela Mãe e pela Igreja. "Grande" é o amor de Jesus por esta última, afirmou o papa Francisco. "Jesus se casou com a Igreja por amor". Ela é "sua esposa: bela, santa, pecadora, mas Ele a ama mesmo assim", acrescentou Francisco. E a sua forma de amá-la revela as "três características" desse amor.

Francisco declarou: "É um amor fiel, um amor perseverante. Ele não se cansa nunca de amar a sua Igreja. É um amor fecundo. É um amor fiel! Jesus é fiel! São Paulo, em uma das suas cartas, diz: 'Se tu confessas a Cristo, Ele dará testemunho de ti diante do Pai; se tu renegas a Cristo, Ele também te renegará; se não és fiel a Cristo, Ele permanece fiel, porque não pode renegar a si mesmo!'. A fidelidade é, precisamente, o ser do amor de Jesus. E o amor de Jesus à sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz para o matrimônio. A fidelidade do amor. Sempre".

Fiel sempre, mas também incansável na perseverança, precisamente como o amor de Jesus pela sua Esposa. O pontífice explicou que "a vida matrimonial deve ser perseverante, porque, do contrário, o amor não pode seguir em frente. A perseverança no amor, nos momentos bonitos e nos momentos difíceis, quando existem problemas: os problemas com os filhos, os problemas econômicos, os problemas aqui, os problemas ali. Mas o amor persevera, vai em frente, procurando sempre resolver as coisas para salvar a família. Perseverantes: o homem e a mulher se levantam toda manhã e levam a família em frente".

O terceiro traço comentado pelo Santo Padre foi a "fecundidade". O amor de Jesus "torna a Igreja fecunda, com novos filhos, batismos, e a Igreja cresce com essa fecundidade nupcial". Francisco destacou que, em um casamento, esta fecundidade pode às vezes ser colocada à prova, quando os filhos não surgem ou estão doentes. Nestas provações, há casais que "olham para Jesus e, do exemplo de Jesus e da sua Igreja, extraem a força para ser fecundos". Já do lado oposto, "há coisas que não agradam a Jesus", como os matrimônios que são estéreis por escolha do casal.

O papa terminou a homilia observando: "[É o caso] desses casamentos que não querem filhos, que querem ficar sem fecundidade, essa cultura do bem-estar que cresceu nos últimos dez anos e que nos convenceu de que ‘é melhor não ter filhos! É melhor! Assim podemos conhecer o mundo, sair de férias, ter uma casa no campo, ficar tranquilos... É melhor, talvez, é mais cômodo, ter um cachorro, dois gatos, e o amor fica para os dois gatos e para o cachorro’. É verdade ou não é? Vocês já viram esses casos? No final da vida, esse casal chega solitário à velhice, com a amargura daquele tipo ruim de solidão. Não é fecundo, não faz o que Jesus faz com a sua Igreja: Ele a faz fecunda".

Fonte: Portal Zenit