Os Livros de Samuel e dos Reis apresentam uma análise crítica da realeza em Israel que chega até os nossos dias, podendo nos ajudar a avaliar os nossos sistemas e as nossas vidas.
A visão das tribos israelitas colocaram primeiramente os Reis e as autoridades como “um mal necessário” (que poderia vir a oprimir o seu povo), mas, ao mesmo tempo, como “um dom de Deus”, devendo essa função ser mediadora, isto é, representar e tornar presente o próprio Deus através do serviço ao povo.
Assim, qualquer autoridade, que não obedece a Deus e não tem a intenção do serviço, é ilegítima e má, pois acaba ocupando o lugar de Deus e explorando os seus representados.
Os Livros de Samuel e dos Reis mostram que Deus, acedendo ao pedido do povo, confia no julgamento e posicionamento salutar do Rei e outras autoridades para o fim de se prodigalizar a plena justiça aos governados.
As decepções com a monarquia viriam a se multiplicar no tempo. Todavia, depois da queda dos reinos de Israel e Judá, os israelitas, seguindo as lições de Deus através de Jeremias, passam a aspirar e acolher uma sociedade desenvolvida pelo próprio povo através do profundo conhecimento de Deus (Jr 31, 31-34). E aprenderão que este poder pertence à essência do Senhor: a humanidade se realiza dentro de relações concretas de partilha e fraternidade.
Deste modo, nós, Equipistas, devemos vivenciar, dentro da História da Salvação e da experiência de Israel, que o sentido último de nossas existências reside em servir e lutar pelo advento do Reino entre os homens. A marcha de nossa história caminha para a comunhão e a partilha recíprocas e autênticas:
“Colocarei minha lei em seus peitos e a escreverei em seus corações:
'Eu serei o Deus de vocês e vocês serão o meu povo'!
(Cf. Jr 31, 33)
Fátima e João Bosco
Eq. 5A - Jundiaí/SP